Os separatistas – empresários e políticos que querem a divisão do Pará – se fundamentam em certos argumentos, a meu ver, infundados. Isso por que não justifica a divisão. Ao contrário, fortalece ainda mais a idéia em torno de uma soberania regional! Mas vamos aos fatos:
“A divisão é necessária por que o Sul e o Sudeste do Pará são explorados”, dizem eles. Estão equivocados. Uma vez que É A REGIÃO NORTE POR INTEIRO QUE É EXPLORADA e não só o Sul e Sudeste do Pará! E isso se deve ao fato de ainda não termos saído da condição de SELEIRO DO BRASIL. Continuamos sendo a região que sustenta as indústrias de transformação de matéria-prima em bens de consumo (siderúrgicas e metalúrgicas) do centro-sul do Brasil. Mais ainda, se fizermos um comparativo entre as cidades da região sul e sudeste do Pará (que surgiram a pouco mais de cinqüenta anos) e algumas outras cidades centenárias de outras regiões do estado perceberemos que o IDH (Índice de desenvolvimento Humano), à economia e a infra-estrutura urbana deram saltos consideráveis por estas bandas do estado (sul e sudeste). Enquanto que, algumas cidades de outras regiões (Baião, Mocajuba, região do Marajó, por exemplo), encontram-se no mesmo patamar de desenvolvimento de anos atrás. E, não é preciso ser nenhum técnico da FGV para perceber isso, pois, estes detalhes são perceptíveis a olho nu. São cidades em que as pessoas sobrevivem da economia de subsistência. Ou seja, são cidades que, por não possuírem produção econômica potencialmente forte, sobrevivem de produtos orgânicos que as poucas roças lhes proporcionam e, também, dos poucos peixes que ainda existem – pesa-se aqui o represamento do rio Tocantins pela UHT – são cidades onde a população ainda vive como se vivia há anos atrás.
Ao contrário do que falam, com a divisão, estas cidades correm o risco de se tornarem cidades fantasmas. Isso por que o fluxo de migração destas cidades para o “novo estado rico” será avassalador. Uma vez que, se com o potencial energético, agro-florestal e mineralógico do estado como um todo, ainda não levou desenvolvimento para estas regiões mais pobres e mais antigas, como que a divisão será positiva para elas?
Não é o sul e o sudeste que é explorado, é sim o Pará como um todo. E a divisão, colocará nossos irmãos paraenses na miséria! Não é justo que em função da ganância e do egoísmo de empresários e políticos (de fora do estado) criemos um estado social de miséria! Isso é vergonhoso!
O que devemos questionar é: se realmente vivemos em uma REPÚBLICA FEDERATIVA (do Brasil) e, se é que isso subentende-se uma unificação de estados federados, ditos, independentes – a exemplo das regiões estaduais nos EUA – onde está a soberania dos nossos estados sobre o-que-fazer e onde investir suas riquezas?
DIGO NÃO A DIVISÃO DO PARÁ! MAS DIGO SIM A MAIS INDEPENDENCIA DOS ESTADOS FEDERADOS COM RELAÇÃO A BRASILIA!
Valdiclei Baia.
2 comentários:
Prof.Valdiclei, a divisão gera progresso! e se por outro lado o Pará virar um estado fantasma, fique com dó dele e mude se para lá! aí vc vai ver quem é o explorado!os políticos do Pará, são todos velhas raposas, e com a divisão temos pelo menos a esperança de que se renove a bancada, com novas lideranças e novas idéias para desenvolver ainda mais o Carajás!
Prof.Valdiclei, a divisão gera progresso! e se por outro lado o Pará virar um estado fantasma, fique com dó dele e mude se para lá! aí vc vai ver quem é o explorado!os políticos do Pará, são todos velhas raposas, e com a divisão temos pelo menos a esperança de que se renove a bancada, com novas lideranças e novas idéias para desenvolver ainda mais o Carajás!
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