Segundo o
filósofo Kant – a partir de quem se discute todo conceito de moral no ocidente
– o que podemos considerar como
princípios (ou ações) moralmente aceitáveis são aqueles que devem ser aplicados
a todas as questões morais. Sendo,
pois, considerada imoral, toda ação contrária aos interesses do bem comum.
Sendo assim, quando o interesse dos envolvidos contraria o interesse da
coletividade, a ação pode ser considerada uma ação imoral. Partindo desse ponto de vista, A DIVISÃO DO PARÁ É UM ATO IMORAL! E
isso pode ser explicado em três atos:
Primeiro
por que atende apenas aos interesses de alguns poucos empresários e
especuladores do agronegócio e empresas mineradoras; Segundo por que visa apenas satisfazer o ego de alguns “homens da
política” deste lado do estado que se sentem desprestigiados em relação aos
políticos da região metropolitana; Terceiro
por que os maiores interessados (os citados acima), em sua maioria, são
oriundos de outras regiões do estado.
No primeiro ato temos uma afronta total aos princípios
da moralidade presente em Kant, uma vez que os “homens de negócio”, com a
divisão do estado, seriam os maiores beneficiados, tendo em vista que isso
facilitaria à expansão de seus empreendimentos ligados a exploração dos
recursos naturais. O que acarretaria em sérios prejuízos ambientais para todas
as regiões envolvidas. E isto é um ato
de imoralidade!
No segundo ato temos um pequeno grupo de políticos
que, por interesse e/ou vaidade, são favoráveis a esta divisão. Do ponto de
vista kantiano, é pura hipocrisia, uma vez que apelam para o discurso de que,
dividindo o estado, “terá mais emprego, saúde, educação, etc.” Pura falácia! Na verdade utilizam este discurso apenas
para ter o senso comum a seu favor. A verdade é que estão pondo seus
interesses acima de tudo, acima do próprio princípio da ação que consideram
moralmente certas. E isto é um ato de
imoralidade!
No terceiro ato se estes políticos e empresários são
tão interessados em dividir o nosso estado, eu poderia propor a eles o
seguinte: por que não dividir os seus
próprios estados de origem? Por que não, nessa divisão ficarem com a fatia mais
pobre do bolo? Por que não dividir o que eles consideram deles, suas fábricas,
suas fazendas, suas empresas, seus gados, suas sojas, etc? Tais questionamentos Eu me atrevo a
responder, até por que, sei que eles não teriam coerência nas suas respostas.
Ora, eles não
aceitam por um simples fato: o de que o
que é deles é deles! O interesse aqui é dividir o que é dos outros! O
interesse é, no fatiamento, ficarem com a parte mais rica em recursos naturais
do nosso estado. E, novamente, colocar
seus interesses acima de tudo é um ato de imoralidade!
Por que ao invés de quer transformar
um ato de imoralidade em “uma ação moralmente aceitável” estes políticos e
empresários de outras regiões do país não promovem um dos deveres morais e
universais do ser humano, como, por exemplo, A HONESTIDADE?
Valdiclei Baia.
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